No Brasil, mais de 65 mil pessoas aguardam ansiosamente por um transplante de órgão, um dos maiores contingentes em 25 anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Entre esses pacientes, 386 aguardam um transplante cardíaco, incluindo o renomado apresentador Fausto Silva, que recentemente entrou nessa lista. Após uma internação de duas semanas devido à insuficiência cardíaca, o hospital que o tratava divulgou que sua única esperança é um transplante de coração.
O Dr. Paulo Pego Fernandes, médico no Hcor e professor no Instituto do Coração, enfatizou a gravidade desses casos. "O transplante cardíaco é a última alternativa. Em geral, quem precisa de um coração não pode mais esperar", alertou. A fila para receber um coração é relativamente curta, mas a delicadeza da situação reside no fato de que o coração é um órgão vital único por indivíduo, e a doação só é possível após a confirmação da morte cerebral de um doador.
O Dr. Fernando Atik, cirurgião cardiovascular e diretor da ABTO, destacou a variação na taxa de mortalidade entre os pacientes em espera, ressaltando a importância de conscientizar as famílias sobre a doação de órgãos. Os números alarmantes de 2022 demonstram a urgência de expandir o acesso aos transplantes e promover a doação como um ato de vida.